terça-feira, 9 de junho de 2009

quem quer quentes e boas

a estalar na brasa... NÃÃÃÃOOO AGUENTO estes dias a viver num assadouro de sardinhas. não suporto o cheiro, não suporto o tom das vozes, a intenção de quem se aproxima e os preços das coisas. festejem o santo antónio no vosso bairro. façam as festas populares na vossa rua. são as festas de lisboa e não as festas de alfama ou do bairro alto e bica. lisboa é grande e não é só tua. não venhas para a minha rua embebedar-te e falar alto, deitar o lixo para o chão, vomitar nas escadas e mostrar a tua capacidade de interagir com o 'povo'. niguém quer saber e as pessoas daqui só te recebem a sorrir porque trazes dinheiro. aproveitam e depois passam o resto do ano a comentar quão otários são os que enchem aqui a zona durante estes dias. já para cá vim fazer essa mesma figura e achava que compreendia este espirito, vim para aqui viver sem muitas hipoteses de escolha, e agora sim percebo que nunca entendi coisa nenhuma e que nada é tão bom como somos capazes de ver. viva o santo antonio e as marchas populares. vivam os bairros historicos, a sardinha e a entremeada. venha a jola ou a ginjinha, marcha o caldo verde e o chouriço. felizmente o tempo tem estado relativamente mau e instável para ajudar a controlar os ânimos e atrasar um pouco o início desta loucura. espero amanhã estar bem longe daqui e desejo-vos umas santas noites. que comam e bebam muito, que sejam bem recebidos, que encontrem os vossos noivos ou qualquer outra coisa que anda perdida, que sejam melhores para com o próximo e saibam repartir a alegria e a sorte que têm. que se lembrem que há pessoas de todas as idades que moram nas ruas onde se vêm divertir e que merecem ser respeitadas. que há caixotes do lixo para quando for necessário e que as casas de banho não são ao luar. (e já agora para quem cá anda, ainda temos mais duas eleições, repensem a vossa participação). Até para a semana!
LISBOA É UMA FESTA
Letra de: José Reza e Joaquim Isqueiro
Música de: José Reza
No céu bailam gaivotas / Por cima de uma canoa / O Castelo abre as portas / É sempre festa em Lisboa / E Amália tão bem cantou / No fado nossa cidade / E o até Tejo marchou / Ao descer a Liberdade /
Vem daí menina / Tua marcha é esta/ Num balão acesso / Lisboa é uma festa /
Vem daí rapaz / Não marches à toa / E traz um amigo/ Que queira contigo / Abraçar Lisboa /
Há um palco em cada rua / Onde o povo é sempre artista / Lisboa é uma festa / Cantada numa Revista / Se Amália cá estivesse / Marchava na Avenida / Pois o povo não a esquece / Sua voz nunca é esquecida /
REFRÃO
Lisboa lembra o passado / Há festa cheira à sardinha / Faz reviver o Chiado / E a minha alma alfacinha / Lisboa de antigamente / Onde Amália era rainha / Cantando p´ra toda a gente / Num arraial à noitinha/

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