terça-feira, 26 de agosto de 2008

É estranho...

estranho é aquilo não é usual, certo?

não estaremos já grandinhos e habituados o suficiente ao comportamento dos outros? ...ao género que chamamos 'estranho'?

pelo menos deveriamos estar, e assim acontecendo deixa de o ser!!?!!
será então anormal sentir 'atracção pelo abismo'? ( ou é apenas o comportamento de resposta ao comportamento dos outros, aquele que consideramos 'estrangeiro' ao nosso estar, à nossa formação e educação?)

será então censurável 'como alguém pode querer viver enganado e enganando, a si e aos outros'? ( ou é apenas um comportamento de resposta ao que a sociedade nos impele, pela constante deturpação de valores, pela constante desinformação?)
será então impróprio que 'alguém se anule de forma a não confiar no que é mais fiavel, que é o nosso instinto'? (ou será apenas o nosso medo da solidão, o facto de sermos humanos e termos noção de que erramos e de que nem sempre estamos ou podemos estar certos?)

é curioso que cheguemos por tudo isto a pensar que não há volta a dar...Achamos mesmo que merecemos estas chapadas? Não há volta a dar?

'As pessoas são, enquanto seres individuais, únicas na sua forma de estar na vida', singulares!!! É admirável que singular seja também um sinónimo de 'estranho'. Talvez seja essa a razão da dificuldade que encontramos em viver com os outros e muitas vezes em vivermos connosco.
Quis respeitar MG quando diz que não é necessário ler e muito menos comentar, como tal não irei fazer qualquer comentário a esse post. Um assunto digno de dissertação, com conversa suficiente para fazer outro post. Este!
Todos precisamos de acreditar, depositar nalguma coisa as nossas esperanças de vida, de futuro. Há quem acredite na religião, outros nos astros, seja o que for é sempre alguma coisa mais forte e com essencia de divino. Eu escolhi acreditar nas pessoas, naquilo que de mais forte e divino pode haver nos seres humanos. Se é ou não a escolha acertada não saberei mas, é a minha.

5 comentários:

Madame Giselle disse...

não seria preciso respeitar, não fiz um pedido, estava apenas a poupar os leitores de uma grande maçada.

De qualquer das formas, em comentário ao seu post, acho que nos afastamos das verdadeiras causas dos nossos comportamentos se acharmos sempre que eles são porque algo ou alguém nos obriga a ser assim. Não, acho um erro, nós não somos uma resposta nem uma consequência.

Como eu dizia, somos únicos e nada deve alterar esta nossa unicidade(?). É precisamente o oposto, nada nos deve transformar numa resposta, num acto secundário, nós somos a partida, quem quiser ser a chegada, esteja à vontade.

Não sei se me exprimi (ou espremi...) bem o suficiente...é muito cedo ainda

Corine disse...

Muito bom dia!
somos unicos na nossa essencia mas de resto somos sempre um produto de tudo e de todos. Assim como os outros o são de nós e daquilo que fazemos. Nada disso justifica ou passa a ser a razão das nossas escolhas ou actos, existe ainda outra coisa chamada livre arbitrio... O ser humano é bem complexo e SINGULAR. Mas não vive isolado e essa é a grande questão.

Madame Giselle disse...

Produto? Eu sou um produto? oh nãããããããããããããão!

Andei enganada estes anos todos??????

Mas, sou uma Edição Limitada não sou?

O Cromo Dificil?

Madame Giselle disse...

Aliás, até digo mais, nós todas, bem juntinhas dentro de um pacotinho de papel dávamos Os Cromos dificeis,

é o que vos digo

Corine disse...

Claro que sim (felizmente), e um cromo daqueles dificeis. Raros e caros, que todos querem mesmo não sabendo bem porque... às vezes até mesmo não querendo na realidade, deseja-se mesmo assim, ardentemente...

o fruto da contradição, proibido, o da genialidade e genealidades.