...são conceitos. Formas de estar. Preocupações. Atenções. Atitudes que nos conduzem. Quando tomam esse papel sozinhas, abandonadas do bom senso, da educação, do caracter, de conhecimentos, de modéstia, podem até conduzir-nos ao ridiculo. Há também o fenómeno de negação, quem se diz contra porque estar verdadeiramente actual é estar fora das modas. Onde cabe a vontade individual? O que nos faz sentir bem? O que nos identifica? O que criamos? O que nos cria? Anos 80? já passaram quase 30. Neos, reinterpretações, revivalismos? Esgotamos a criação? Elementos 'vintage'? Aqueles que transportavam a qualidade e a durabilidade com que acabamos. Adoramos o que não povoa a nossa realidade.
Estamos na moda e aprendemos a cozinhar. Viajamos e falamos linguas. Adoramos o popular e quebramos o tradicional. Frequentamos festas e acontecimentos culturais. Ficamos ali entre o moderno e o comtemporâneo mas o que nos fascina são os antigos. Comemos sushi e adoramos vinho.
O vinho. adoramos. Adoramos só o tinto. Só o branco ou só alentejano. Bebemos depois de olharmos para o grau e para o preço. Merlot é um inspector do inicio do século XX e Syrah um sangue azul. Os aromas são em pó e os perfumes essencias em frasquinhos. Vivemos novamente na baixa, recebemos sushi take away e brindamos aos que quase nem conhecemos com um premiado. São estas acções quase tão vazias como o conhecimento que temos das coisas.
1 comentário:
Isso e outras imbecilidades como achar-se fashion e vestir calças calças e blusão de ganga. Só muito poucas pessoas o podem fazer sem ficar com com um ar de Agualva-Cacém.
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