quinta-feira, 17 de julho de 2008

Fundação Saramago

Ao que parece, vamos finalmente ter a obra do tão afamado nobel português no nosso território. Ficará em Lisboa, como tantas outras Fundações culturais, associada a um edifício emblemático da cidade. Suscita, tanto quanto consta, mais polémica que qualquer museu, colecção ou exposição 'Berardo' (?irónico não?!). Quanto a mim, esperemos que venha, que abra, que seja utilizada, vistada, conhecida e admirada.

ficam aqui a noticia, o site e mais alguma história sobre o edifício.

11 comentários:

João Amaro Correia disse...

e forma logo DAR ao comuna a casa do meu mestre. tão mal empregue, graças a deus.
(pressinto respostas do género: "era melhor estar vazia como estava?", respondo, dêm antes ao lobo antunes. nunca ao comuna resingão)

Corine disse...

mas quem está a dar o que senhor correia?

ai essas noites mal passadas, ou o calor ou lá o que é, estão a dar-lhe conta do discernimento... não toldam, acabam com ele mesmo!

João Amaro Correia disse...

não (me) interessa o rigor do direito. mais o político. e sendo certo que lá por o sr. ser comuna não tenha direitos de cidadania (ai se eu mandasse! - espero que percebam a ironia).
ainda há poucas semanas a propósito de um trabalho sobre a casa dos bicos me interrogava como raio é que aquilo estava vazio. para mim era crime lesa-património-arquitectura-mestre manuel vicente. soube esta semana que calhou em rifa ao sr. saramago. o que me perturba aqui não é a atribuição do espaço ao sr. o que me perturbou e perturba nisto tudo é a política cultural e de património desta cidade-país. tu feito de acasos, de meras acomodações, de minúsculos preenchimentos do vazio. se não é parece.
só por isso a minha perplexidade. e sim, é melhor lá andar o comuna que a coisa ficar vazia. espero que tenham percebido o porquê destas notícias não serem tão boas como a aparência o fazem crer.

p.s.
parabéns por ter publicado uma fotografia do alçado posterior da casa dos bicos. tão mal amado, é para mim, um monumento de inteligência, rigor, divertimento, alegria no trabalho. enfim, de como deve ser um escritório de arquitectura. (mas isto são apenas ilusões. minhas.)

Corine disse...

ainda que irónica (não entrando sequer em considerações sobre o seu humor) o senhor correia devia dedicar-se especialmente a alguma formação, dedicação, meditação, sobre algumas questões como a tolerância (está familiarizado com o conseito?), liberdade e direito.

quanto á atribuição do espaço, como manifestei no meu post, fico surpreendentemente agradada com esta atribuição a uma obra que considero (na minha humilde capacidade de análise), e pelos vistos muitas mais pessoas, de grande dignidade e relevancia. quanto à arbitrariedade da atribuição, desconheço o processo e os tempos de proposta e discussão. Espanta-me até o 'tão tarde' que esta proposta acontece. É o Nosso Nobel da Literatura.
quanto ao facto de o autor viver em espanha, pensar que deveriamos ser uma Ibéria e tantas outras questões que lhe são apontadas, eu não poderia estar mais de acordo, mais aí entramos noutro patamar de discussão que nada tem a ver como facto de ser 'Nobel' e com o conteúdo da sua obra. As nossas fronteiras nunca foram senão divisórias económicas, as questões culturais e de identificação dos povos não se definem pelos mesmos contornos. Que diferença faz a galiza do minho? que tem olivença de espanhol que évora tenha de diferente?
Se no caso do autor, encontrou o seu espaço de recolhimento fora do seu pais e se lá se sente mais acarinhado, quais são as questões que se levantam? Porque não discutir o facto da grande exposição de vida e obra da pintora Paula Rego ter sido feita no Museu Rainha Sofia? Porque não é 'Comuna'? E a cedência do Centro Cultural de Belém/Berardo (com o joguinho do 'B' tão a propósito)? Não se questiona? Não lhe causa nenhum incómodo? São mais legitimas as crenças do insular nos diamantes? Que contrapartidas advém dessa atribuição?

p.s - não tem que agradecer. é de meu hábito tentar ver a globalidade das propostas/questões. Partilho da sua opinião sobre os espaços mas não especialmente sobre este projecto.

João Amaro Correia disse...

lamento não ter tempo para discorrer sobre esta questão. tentarei fazê-lo no week-end, talvez até postar sobre o assunto. porque há aqui duas questões. sendo que a principal é da "política" de espaços e património. tanto da câmara como do estado central. uma outra será a forma como saramago trata portugal e os portugueses - e não sou de todo nacionalista, causa e coisa de que até me distancio imensamente. como se lhe devêssemos o mundo. não se pode esquecer o passado nem apagar os os saneamentos massivos que o sr. fez no dn quando da sua passagem como director apenas porque, provavelmente, os jornalista saneados não estariam ao serviço da classe operária. sobre o conceito de democracia do homem acho que chega como cartão de visita. mas sinceramente isto é-me irrelevante.

quanto ao meu e "formação, dedicação, meditação, sobre algumas questões como a tolerância (está familiarizado com o conseito?), liberdade e direito" - quero acreditar que o seu s seja gralha - lamento que não perceba humor parvo. mas cada um nasce para o que nasce, como afirma algures por aí. e se quiser debater esta questão com outra forma mais, digamos, rigorosa, não debandarei. não preciso é de lições de moral e ética de alguém que não conheço nem a mim me conhece. provavelmente falamos todos de cor(-ação).

muito antenciosamente,
j

Corine disse...

não se amofine senhor correia.
é verdade que não nos conhecemos e atçvez isso seja a unica coisa que permite que falemos assim e sobre esta squestões. Quanto aso saneamentos do DN, oh meu caro aí perderiamos tempos infidaveis a falar de tantas outras coisas de pessoas com responsabilidades bem maiores no panorama das 'politicas nacionais'. Não creio que isso deva, ou possa, pesar para neste assunto. Quanto às politicas culturais e de gestão de património são realmente uma desgraça, arrisco a dizer que nunca as tivemos. Talvez momentaneamente se consiga e se tente fazer qualquer coisa que acaba por se estragar na descontinuidade.

p.s - não tenho qualquer intenção de pregar sermões de ética ou moral, é apenas uma resposta à sua. Com tantas ou tão poucas considerações.


Com os melhores cumprimentos

A Gerencia
(Corine)

João Amaro Correia disse...

"Quanto às politicas culturais e de gestão de património são realmente uma desgraça, arrisco a dizer que nunca as tivemos."
concordamos na primeira parte do seu parágrafo. já quanto à segunda metade não estou tão optimista quanto a senhora dona corine.



o arquitecto responsável,
j

p.s. "não se amofine"? oh meu deus. eu nem uso botas de cabedal de lagarto.
quando muito usaria de pelo de águia. sempre é um bicho cá mais de casa.

Freak n'Chic disse...

Eu acho que, no fundo, eles aman-se.

Corine disse...

nem eu....MAS ADORARIA!
...senhor correia 'o responsavel'

Madame Giselle disse...

Não discuto politica muito menos o que desconheço, nomeadamente politicas culturais ou de gestão de património.

Mas não discutam sff.

Assim ninguém se entende.

Ninguém vem aqui para levar patadas.

Faz favor de fazer as pazes! Vá, um beijinho, ou um aperto de mão.

QQ coisa

Corine disse...

nada de consenços!!!

maiorias absolutas nunca deram nada a ninguém...

a diversidade faz a riqueza.