segunda-feira, 23 de junho de 2008

Num vermelho vulcânico, o couro envolve pedaços de espuma esculpidos em forma de músculos que se fundem e constroem um corpo proporcionalmente simétrico preso a uma estrutura de cadeira antiga em mogno, numa posição de repouso como que se estivesse sentado. Os braços inutilizados foram absorvidos pela estrutura acolchoada que marca uma característica de indefeso.
As pernas foram meticulosamente estofadas e forradas para servir de assento, o tórax encorpado e o abdômen definido enxertados por espuma, se projetam e servem de encosto. A integração entre o trabalho de tapeçaria inspirado num tratamento de superfícies de capitonê e a anatomia humana formam um conjunto harmonioso e uma superfície acolhedora do ponto de vista estético. Psicologicamente, afronta pensamentos perante a existência humana e a questões que vão desde a posição de status da arte até a sua utilidade, confrontando com objectos utilitários de uso doméstico.
O objecto escraviza e reduz o homem a ser hospedeiro numa relação explorativa, neste estado de entrega e de alucinação.

5 comentários:

Madame Giselle disse...

Eu quero!!!

Alguém me oferece?

Corine disse...

credo!!

não....isto é peça para espaço público, a menina não vai querer ter esta peça em casa. cheira-me que não lhe iria fazer bem...só de pensar.

Até parece que estou a ver o que esta pose de indefeso lhe pode sugerir...

É arte cara Giselle, ARTE, deve ser tratada com respeito

Madame Giselle disse...

Quem faltou ao respeito?

eu respeito tudo.

Não sendo entendida na matéria apenas posso partilhar o que sinto qd me deparo com uma peça destas.

Identifico-me com ela.

Só isso.

Corine disse...

pois, pois...estou a ver...

Freak n'Chic disse...

Meu deus... O texto é seu Giselle? Se for acho que se devia dedicar a escrever contos eróticos para juvenis.