Venho por este meio mostrar a minha profunda indignação com o funcionamento da EMEL.
Sou detentora de um dístico de residente no meu carro, cujo prazo terminava este ano. No sitio onde vivo, os fiscalizadores apenas percorrem algumas ruas, deixando outras à mercê das vontades dos moradores, que me parece que são de outra espécie que não humana. Eu tive o azar de estacionar numa das ruas contempladas pela maravilhosa e tão desejada presença desses seres a quem chamo várias vezes por dia vários nomes muito feios, que não fazem mais que tranferir todas as suas frustações para os carros dos outros. Tenho a sorte de poder ir a pé para o meu trabalho, das 9 as 18h, de onde saio a correr para outro trabalho até as 20h30, e de onde vou, numa média de 4 vezes por semana, para o meu 3º trabalho que acaba sempre por volta da meia noite e meia. Infelizmente, não tive tempo de ir buscar o novo dístico, porque todo o tempo que tenho ocupo com trabalhos para poder pagar a casa, a comida e as contas... Qual não foi o meu espanto quando me dirigia ao carro a certa altura desta semana, e ele não estava. Logo pensei foi rebocado. Ninguém iria roubar o meu carro.
Confesso, fico muito revoltada, tanto, a pontos de elogiar os que se enchem de coragem, e enfrentando as duras penas da Lei Portuguesa, cometem assim, pequenos delitos. Aparentemente, os meus 3 empregos não servem de nada. Minto, servem para pagar à EMEL. Descobri que vale mais ser ladrão, ou arrumador, prostituta ou toxicodependente, não desfazendo as profissões, que acredito que possam dar algum prazer, à medida de cada um. Eu era uma cidadã honesta, mas a partir de agora....
E desta forma agradeço o que de bom essa gentinha proporciona à minha vida.
Ps.: E já agora, acho tão curioso que o espaço destinado às reclamações, no site da EMEL, seja chamado de "Sugestões".
7 comentários:
como é que pequenos seres verdes nos podem por vezes levar à loucura?
porque é que cidadãos trabalhadores e honestos (tanto quanto possivél) se deparam com sentimentos até ali desconhecidos quando confrontados com estas criaturas???
lanço um desafio, alguém poderá aqui fazer a defesa destes seres?
eu adorava!...e cantar Natália de Andrade como Ode à EMEL, mas como qualquer mortal...NÃO CONSIGO!!! (e não é porque me seja dificil imitar esta senhora, acreditem!!!)
Bem, vou ficar à espera dos vossos argumentos.
despeço-me com amizade...
O que nos diferencia dos animais é a capacidade de podermos escolher as nossas atitudes, no fundo entre 2 opções escolher a melhor....
ou será que isso é o que nos diferencia dos doentes.....agora estou baralhada....ou será que inventei.....
Uma vez ouvi uma senhora de renome internacional (a mãe) dizer que quando passamos dos pensamentos aos actos é quando estamos doentes....bom, isto poderia levar a algumas discussões....
a ver...acho que quase fiquei doente...
Não há descrição possível para a relação ódio-ódio entre o cidadão-comum e o senhor agente da autoridade, seja ela de que natureza for. Os badamecos da Emel e os fiscais da Carris [que ainda por cima são, na sua maioria, contratados de uma empresa outsourcing], bem se podem juntar no mesmo panelão: os ares de autoridade, de ser superior... O olhar vibrante que diz: - Eu tou-te a topar...", é sempre um bálsamo para que vive nesta cidade cheia de encantos mil.
Os pequenos poderes são os mais mesquinhos e os que mais directamente nos afectam porque, lá está, são pequenos. E mesmo o pequeno, insignificante e reles aborrece... Não mata mas mói, faz brotoeja... Não é o chato uma criatura aparentemente inóqua e inofensiva?
Bom, acho que vou ter que esperar um pouco para que neste debate profundo sobre os designios da vida na nossa cidade tomem tons de defesa....
Por lapso esqueci-me de assinar o meu comentário (o do chato inóquo). Não seja por isso:
CDB
P.s.: Muito mais esclarecidos, ãh?
pois claro, não é chegar aqui e escrever apenas
É preciso assumir, há que assumir!!!!
NÃO HÁ DEFESA POSSÍVEL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (dito em grandes rasgos vocais e excessivas excreções salivares raivosas)
ainda há bocado passei por uns, abri a janela e gritei:
"#$%&%%$#""$%&/()=)=))=)'$#%##%#$""$%&
Vulgo: Oh meus grandas filhos da P....C...do C....vão para casa bater p......!!!!!!!
Sim, eu sei, agressivo....mas estou muito melhor agora, até pq já comi um chocolate
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